segunda-feira, 31 de maio de 2010

Strata, o primeiro edifício do mundo com turbinas eólicas

Empreendimento privado da Brookfield Europe e com um orçamento de 113.5 milhões de libras, o projecto ficou a cargo da BFLS (antiga Hamilton Architects) liderada pelos arquitectos Robin Partington e Ian Bogle. Desde o início que sustentabilidade foi a palavra-chave de todo o projecto. As turbinas eólicas revelaram-se como a solução mais adequada, já que dada a sua localização e altura, o Strata tira todo o partido dos ventos de 56 Km/h da área. A possibilidade de fundi-las com a arquitectura do edifício veio apenas depois, e estabelece o claro compromisso ambiental a que se propõe.

Falando um pouco mais das peças centrais, quer do design quer do plano sustentável da torre, as turbinas produzirão anualmente uns estimados 50 MW/h, representando oito por cento do seu consumo energético total. Além disto, cada uma das turbinas terá não três mas cinco lâminas, o que permite reduzir o ruído durante o funcionamento, enquanto que uma base com cinco toneladas e amortecedores de vibração mantêm o Strata bem ancorado ao chão, já que o atrito com o ar que produz a sua energia limpa poderia fazer com que oscilasse descontroladamente.

Outra medida digna de referência é o facto de 96 por cento dos desperdícios de construção serem reciclados. Assim, a longo prazo, as emissões de carbono reduzidas, que proporcionam aos residentes custos reduzidos com energia, bem como condições ambientais internas mais saudáveis, surgem como complemento de um ciclo no qual o balanço energético é bastante atractivo. Segundo estudos efectuados, as reduções na emissão de CO2 corresponderão a uma redução de 73.5 por cento quando comparadas com as regulações em vigor, o que é um grande passo face ao desejo britânico de que todos os novos edifícios tenham zero por cento de emissões até 2019.

O Strata é a prova que a qualidade de vida humana está directamente ligada à interacção com o planeta, e que a arquitectura pode manter-se a par dos tempos e das necessidades energéticas e ambientais, sempre mutáveis






domingo, 23 de maio de 2010

Escolha sua telha

No mercado existe uma série de alternativas. As telhas de barro cozido podem produzir cobertura do tipo marselha ou francesa, colonial, paulista, paulistinha ou plan. Já as de fibrocimento desenvolvem coberturas em placas onduladas, calheta ou canalete, meia-cana. As metálicas podem desenvolver em alumínio (marselha e ondulada), cobre - placas lisas - ferro em chapas dobradas e zinco em placas onduladas. Há coberturas em madeira, plástico ou PVC, em vidro que produz coberturas do tipo marselha e paulista, em concreto e, por último, em pedra natural como a ardósia.
Veja abaixo alguns tipos de telhas com as suas respectivas características e quantidades por metro quadrado:

TELHA PORTUGUESA: Especificações

Telha Portuguesa

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,5 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 30%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Esmaltada (21 cores), natural e branca.

TELHA ROMANA: Especificações

Telha Romana

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,4 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 26%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural e esmaltada em diversas cores

TELHA ROMANA PLAN: Especificações

Telha Romana plan

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 16 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,4 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 26%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural e esmaltada

TELHA AMERICANA: Especificações

Telha Americana

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 12 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 3,1 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 38%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Branca e malhada

TELHA AUSTRALIANA: Especificações

Telha Australiana

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,4 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 36%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

TELHA FRANCESA: Especificações

Telha Francesa

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,4 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 36%
  • Inclinação acima de 80%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

TELHA ITALIANA: Especificações

Telha Italiana

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 14 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 3,1 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 30%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor:

TELHA GERMÂNICA: Especificações

Telha Germanica

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 32 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 1,6 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 45%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural e esmaltada

TELHA URUGUAIA: Especificações

Telha Uruguaia

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 30 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 1,6 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 45%
  • Inclinação acima de 50%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor:

TELHA HOLANDESA: Especificações

Telha Holandesa

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: x telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: x Kg por peça
  • Inclinação Mínima: x%
  • Inclinação acima de x%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor:

TELHA PLAN: Especificações

Telha Plan

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 27 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 27%
  • Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

Colocação das telhas:

Montagem

OBS.: Nas telhas Plan, as extremidades dos canais não podem ficar juntas,
devem ficar a uma distância de aprox. 1" (uma polegada).


TELHA COLONIAL PAULISTA (c/ trava): Especificações

Telha Colonial paulista

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 22 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2,2 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 30%
  • Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

TELHA COLONIAL PAULISTA (grande): Especificações

Telha Colonial paulista grande

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 17 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 3 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 25%
  • Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

TELHA COLONIAL PAULISTA: Especificações

Telha Colonial

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 26 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 2 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 25%
  • Inclinação acima de 40%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Natural

TELHA TÉGULA: Especificações

Telha tégula

  • Material: Argamassa
  • Quantidade: 10,5 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 4,7 Kg por peça
  • Inclinação Mínima: 30%
  • Inclinação acima de 96%, recomendamos furação para fixação das telhas. Espaçamento entre ripas de 32cm.
  • Cor: Cinza pérola, cinza grafite, vermelho cerâmica, bege colonial, bege damasco e cristal.

TELHA CRAVILHADA: Especificações

Telha Cravilhada

  • Material: Estrutura em aço revestido em Zinc-Alum, base acrílica e cravilha.
  • Quantidade: 1,51 telhas por metro quadrado de telhado
  • Peso: 5,85 Kg por m2
  • Inclinação Mínima: 20%
  • Inclinação acima de 60%, recomendamos furação para fixação das telhas
  • Cor: Granilha nas cores terracota, bordô, verde e preto.

TELHA CUMEEIRA PAULISTA: Especificações

Telha Colonial Paulista p/ cumeeira

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 3 telhas por metro linear
  • Peso: 2,5 Kg por peça
  • Cor: Natural

TELHA CUMEEIRA: Especificações

Telha p/ cumeeira

  • Material: Cerâmica
  • Quantidade: 3 telhas por metro linear
  • Peso: 2,5 Kg por peça
  • Cor: Natural

Dicas sobre telhados:
  • Para calcular a inclinação, meça a extensão horizontal entre a parte mais alta do telhado e a extremidade da cobertura, incluindo os balanços; multiplique o valor por 0,35 e o resultado será a altura mínima da cumeeira, em relação ao ponto mais baixo do telhado. 35% significa que para cada metro na horizontal, o telhado deve subir 0,35m na vertical.
  • Ao calcular a altura, lembre-se de considerar a altura da caixa d'água, caso a mesma esteja sob o telhado: deixe ao menos 0,30 m no ponto mais próximo da tampa, para poder fazer a manutenção.
  • Em regiões úmidas e ou quentes, preveja a ventilação entre a laje ou forro e o telhado: além de melhorar o conforto térmico, evita a formação de fungos. Use uma tela para evitar a entrada de insetos e pequenos animais.
  • Em regiões muito frias, sujeito a neve e geadas, evite o uso de telhas vitrificadas, pois o revestimento tende a retalhar com o frio.
  • Evite usar telhas feitas com cerâmica branca, pois sua vida útil é menor do que as telhas feitas com cerâmica vermelha, as quais são um resultado de uma perfeita mistura de três argilas: uma forte, uma mais fraca e a terceira que tem função de dar liga.
  • É recomendável a impermeabilização das lajes, sob os telhados: protegida, essa impermeabilização durará mais tempo e é uma garantia contra vazamentos de caixas d'água, transbordo de calhas e eventuais tempestades que desloquem as telhas.
  • A qualidade do serviço de carpintaria é vital para um telhado: se não houver precisão nas medidas e ângulos, não há telha que possa arrumar.
  • A qualidade da madeira também é vital: madeira úmida ou verde tende a vergar demais sob o peso das telhas.
  • Nunca ande sobre o telhado: as telhas tem pouca resistência para isso, e com o tempo tendem a ficar quebradiças.
  • Compre sempre 10% de telhas a mais, deixando-as guardadas sobre a laje, para eventuais reposições: telhas da mesma fornada se encaixam melhor que as de fornadas diferentes.

Tipos de tijolo para alvenaria

As alvenarias estão entre os elementos mais versáteis da construção, servindo não só para vedação mas também como elemento estrutural, de apoio, fundação ou simplesmente decorativo. Justamente por isto há diversos tipos de material que podem ser usados, cada um deles com suas características e finalidades próprias. Veja os mais comuns.

Um elemento tão versátil como a alvenaria precisa atender a cada situação, sempre com atenção aos itens básicos que são a resistência mecânica, peso, absorção de umidade, características de isolamento e condução térmica, tipo de superfície e sua compatibilidade com o acabamento previsto, seja este pintura, revestimento com argamassa ou placas de algum material. Vamos ver, então, alguns tipos de tijolos e seus usos mais comuns:

• Pedra – Muito utilizada na antiguidade, mas ainda hoje se usa em muros de arrimo, fundações e muros aparentes, neste caso com finalidade também estética. Além de ser usada na alvenaria propriamente dita, pode ser usada apenas como revestimento.

• Bloco de concreto – Podem ser utilizados como vedação mas também existem os feitos especialmente para Alvenaria Estrutural. Há uma grande variedade de tipos, dimensões, formatos e materiais. Além dos tipos comuns, feitos com cimento e pedrisco, existem os do tipo Estrutural, com maior resistência e feitos especialmente para suportar carga.

• Concreto Celular – Devido ao baixo peso e à facilidade de manuseio, é usado não só para fechamento de vãos, mas também como enchimento de lajes. É feito com uma mistura de cimento com materiais silicosos, em especial o Silicato de Cálcio. Também conhecido como “Pumex”.

• Tijolo de vidro – Devido ao preço, são usados em locais específicos, para iluminar e também para conseguir determinados efeitos estéticos, especialmente quando se usa iluminação projetada para tirar proveito da luminosidade e características de reflexão do material.

• Tijolos de solo-cimento – Uma boa alternativa aos blocos de concreto, ótima solução para habilitações populares. Construções feitas com solo-cimento resulta em ambientes com ótimo conforto térmico, devido à grande massa da parede que lhe confere inércia térmica, ou seja, demora a esquentar durante o dia, com o sol, e demora a esfriar durante a noite, deixando mais estável a temperatura interna.

• Tijolo de barro cru – Também conhecido como “Adobe”, já foi muito utilizado na antiguidade mas hoje praticamente caiu em desuso, pois precisa de cuidados especiais para resistir às intempéries.

• Tijolo de barro cozido – Também chamados de “Tijolinho” ou “Tijolo comum”. É uma evolução do tijolo de barro cru, é o que veremos neste artigo.

• Tijolo refratário – Um tipo especial de tijolo cozido, feito com argila enriquecida de materiais que diminuem a retração mecânica quando exposto ao forte calor. Funcionam também como isolantes térmicos.

• Tijolo laminado – Estes, por sua vez, são uma evolução do tijolo de barro cozido, tendo maior resistência mecânica e menos porosidade, com menor absorção de água. O modelo mais comum tem 21 furos cilíndricos e mede aproximadamente 24 x 11,5 x 5 cm, sendo indicados para alvenaria aprente

• Tijolo furado – Também chamados de “Tijolo baiano”, têm na parte externa uma série de rachaduras para facilitar a aderência da argamassa de revestimento e seu interior tem pequenos canais prismáticos ou, como se diz popularmente, “furos”. Em geral se encontra os de 6 furos e de 8 furos, mas há uma grande variedade de tijolos furados. Suas vantagens são a rapidez na execução, baixo peso e preço acessível. Não é à toa que a paisagem típica dos bairros de periferia são as casas inacabadas, mas com suas paredes de tijolo furado à mostra...

domingo, 9 de maio de 2010

Arquitetura Barroca

Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) é o período da arte que vai de 1600 a 1780 e se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação. É o estilo da grandiloquência e do exagero. Essas carecterísticas todas podem ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista.
O absolutismo monárquico e a Igreja da Contra-Reforma utilizaram o barroco como manifestação de grandeza. Nascido em Roma a partir das formas do cinquecento renascentista, logo se diversificou em vários estilos paralelos, à medida que cada país europeu o adotava e o adaptava à sua própria idiossincrasia. Nações protestantes como a Inglaterra, por exemplo, criaram uma versão mais moderada do estilo, com edifícios de fachadas bem menos carregadas que as italianas.

EXEMPLO DE EDIFICAÇÃO BARROCA



O Hotel do Inválidos - Paris

Um dos traços fundamentais desse vasto período é que durante seu apogeu as artes plásticas conseguiram uma integração total. A arquitetura, monumental, com exuberantes fachadas de mármore e ornatos de gesso, ou as obras de Borromini, caracterizadas pela projeção tridimensional de planos côncavos e convexos, serviram de palco ideal para as pinturas apoteóticas das abóbadas e as dramáticas esculturas de mármore branco que decoravam os interiores.


Fachada do Palácio de Dos Aguas
Valência

Na arquitetura barroca, os conceitos de volume e simetria vigentes no renascimento são substituídos pelo dinamismo e pela teatralidade. O produto desse novo modo de desenhar os espaços é uma edificação de proporções ciclópicas, em que mais do que a exatidão da geometria prevalece a superposição de planos e volumes, um recurso que tende a produzir diferentes efeitos visuais, tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.

Quanto à arquitetura sacra, as proporções antropomórficas das colunas renascentistas foram duplicadas, para poder percorrer sem interrupções as novas fachadas de pavimento duplo, segundo o modelo da construção de Il Gesú, em Roma, primeira igreja da Contra-Reforma.



Igreja de Il Gesú - Vignola y Giacomo della Porta
Roma - século XVI

A partir de 1630, começam a proliferar as plantas elípticas e ovaladas de dimensões menores. Isso logo se transformaria numa das características arquitetônicas típicas do barroco. São as igrejas de Maderno e Borromini, nas quais as formas arredondadas substituíram as angulosas e as paredes parecem se curvar de dentro para fora e vice-versa, numa sucessão côncava e convexa, dotando o conjunto de um forte dinamismo.

Quanto à arquitetura palaciana, o palácio barroco era construído em três pavimentos. Em vez de se concentrarem num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época é o Palácio de Versalhes, manifestação messiânica das ambições absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra, reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres poderosos das cortes de seus país. Seguindo o exemplo do Palácio de Versalhes, são construídas nas diversas cortes europérias palácios faustosos, cercados de jardins imensos, aproximando-se do que logo viria a ser o neoclassicismo


Palácio de Schonbrunn

O Escorial, fusão de estilos e arquitetos, é de uma monumentalidade até então sem precedentes na Europa. Na Itália, ao combinar essas proporções com uma profusa ornamentação maneirista, seus artistas definiram o nascimento da arquitetura barroca.


O Escorial

FORROS DE PVC

Os forros de PVC ainda surpreendem clientes, arquitetos, construtores e decoradores quando chegam às obras. Alguns custam a acreditar que aquela solução, tão prática, simples e econômica, consegue conferir conforto e acabamento de bom padrão estético aos ambientes onde e utilizado.
Depois da obra acabada, a constatação é sempre positiva. Inicialmente relegados a ambientes menores e menos freqüentados, os forros de PVC pouco a pouco começam a ganhar corações e mentes entre os decoradores de ambientes mais sofisticados em escritórios e salas de espera, bem como em lojas e outros ambientes comerciais.
É crescente o uso em todos os ambientes internos de residências, com destaque para as áreas úmidas, mas sua praticidade e beleza também já podem ser vistas em dormitórios, salas e corredores. Em hotéis também se tomou uma alternativa de acabamento muito especificada pela satisfatória relação custo-benefício além da baixa manutenção requerida. Também clubes; supermercados; igrejas; postos de gasolina; hospitais e cozinhas industriais estão aderindo ao novo conceito.
Manutenção fácil
Para completar as qualificações dos forros de PVC na competição com outros materiais de acabamento, há a questão da limpeza. A superfície lisa e livre de porosidade praticamente elimina a possibilidade de manchas e contaminações do material. Mesmo que haja vazamentos da rede hidráulica, basta fazer a limpeza com um pano úmido.
Até mesmo em regiões onde a atmosfera é mais agressiva como nas cidades do litoral, o produto passa incólume aos ataques de fungos e bolores. Nestes casos, o sistema de fixação precisa também suportar o ataque de salinidade e resistir a corrosão.
No caso dos forros em perfis, há a vantagem de os produtos favorecerem a isolamento termo-acústica, podendo ou não receber mantas de isolamento para aumentar ainda mais os gradientes de som e calor.
Caraterísticas técnicas e vantagens dos forros de PVC
. Facilidade de transporte e montagem pela leveza do material; . Boa resistência mecânica, tenacidade e resistentes a contaminações; . Garantem isolamento elétrico, térmico e acústico; . Resistem a ataques de ácidos álcalis, álcoois, benzinas,óleos e graxas; . Variedade de acabamentos superficiais e de desenhos dos perfis; . Perfis especiais e rodaforros permitem acabamento perfeito; . São auto-extinguíveis e não propagam chama.
DIVISÓRIAS
A mais moderna solução e racionalização de ambientes. Vários padrões de cores e modelos.
- Estrutura: Em perfis de alumínio anodizado, permitindo fácil acoplamento das paredes em L, T e X. Permitem remoção frontal dos painéis independentes entre si.
- Perfis: Montagens, Rodapés, Guias Inferiores e Superiores, Travessas, Batentes, Baguetes para a Colocação de Vidros, Requadros de Portas, todos de alumínio anodizado na cor natural.
- Baguetes para vidros e batentes de portas:Os baguetes para vidro e batentes de alumínio anodizado são colocados por encaixes.
- Altura - de acordo com as necessidades da obra.
- Miolo de painéis - celular e vermiculita maciça.
- Isolamento sonoro médio - 32 db
- Fiação elétrica - Todos os montantes verticais e os rodapés permitem a passagem de fiação elétrica e telefônica e a colocação de tomadas e interruptores.
- Rodapés: fixo por encaixe ou parafusos para sua colocação ou fixação - altura - 6,5 cm.

DRYWALL - PAREDE
Chapas Drywall
São chapas fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão, onde uma é virada nas bordas longitudinais e colada sobre a outra.
As chapas de gesso devem ser produzidas de acordo com as seguintes Normas ABNT: NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001.
Tipos de Chapas
Standard (ST) – Chapa BrancaPara aplicação em áreas secas
Resistente à Umidade (RU) – Chapa VerdePara aplicação em áreas sujeitas à umidade por tempo limitado de forma intermitente
Resistente ao Fogo (RF) – Chapa RosaPara aplicação em áreas secas necessitando de um maior desempenho em relação ao fogo
PERFIS DE AÇO
DefiniçãoSão perfis fabricados industrialmente mediante um processo de conformação contínua a frio, por seqüência de rolos a partir de chapas de aço revestidas com zinco pelo processo continuo de zincagem por imersão a quente. As chapas de aço revestidas com zinco para a fabricação dos perfis metálicos devem seguir as seguintes especificações:Espessura mínima: 0,5mmDesignação do revestimento zincado: Z 275, conforme NBR 7008:2003 (massa mínima de revestimento de 275g/m² – ensaio triplo – total nas duas faces)
FIXAÇÕES
DefiniçãoSão peças utilizadas para fixar os componentes dos sistemas drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos (lajes, vigas pilares. etc.).
A fixação dos perfis metálicos nos elementos construtivos pode ser realizada com as seguintes peças:Buchas plásticas e parafusos com diâmetro mínimo de 6 mm Rebites metálicos com diâmetro mínimo de 4 mmFixações à base de ‘tiros’ com pistolas específicas para esta finalidade.MASSAS
DefiniçãoSão massas específicas para o acabamento das juntas entre chapas de gesso. Estas massas devem ser utilizadas juntamente com fitas apropriadas.A utilização das massas e fitas de rejunte assegura o acabamento sem trincas.
Observação: Em nenhuma hipótese deve-se utilizar gesso em pó ou massa corrida de pintura para a execução das juntas.
FITAS
Definição São fitas componentes utilizados para o acabamento e para melhorar o desempenho dos sistemas drywall.
Observação: Não utilizar a fita telada para tratamento de juntas entre chapas de gesso.
LÃ MINERAL
São materiais constituídos de lã de vidro ou lã de rocha, a serem instalados nas paredes entre as chapas de gesso, nos revestimentos entre as chapas de gesso e o suporte ou nos forros sobre as chapas de gesso; com o objetivo de aumentar o isolamento termo-acústico.
As lãs minerais são apresentadas em feltros ou painéis, podendo ser revestidas ou não.

Porcelanato

O porcelanato é uma peça formada de argila, feldspato e corantes, queimada a mais de 1.250ºC, e é submetida a pressões de compactação acima das utilizadas pelas cerâmicas convencionais. Sua versão tradicional é sem esmaltação, com massa apresentando características homogêneas.
O porcelanato tem espessura média de 8 mm, o que o torna mais leve e fácil de trabalhar do que pedras naturais, e com comprovada superioridade técnica.O porcelanato possui corpo uniforme, não apresenta as falhas próprias das rochas que resultam em desgaste precoce.Na escala MOHS (a mesma escala que classifica a dureza das pedras naturais), alguns porcelanatos têm até MOHS 9 (granito tem MOHS 6 e Mármore MOHS 5).O porcelanato hoje é usado até em estações de metrô no mundo, não apresentando os desgastes típicos de outros materiais.Por sua alta resistência à abrasão profunda, ao gelo, aos ácidos e álcalis, alta impermeabilidade e uniformidade de cores, o porcelanato é indicado para ambientes de alto tráfego, podendo também ser instalado em ambientes residenciais, piscinas ou saunas.
Absorção de água: 0,1%. Alguns porcelanatos chegam até menos de 0,05%. É a menor absorção de água do mercado, o que significa maior impermeabilidade e resistência.
Existem duas versões do porcelanato tradicional: rústico e polido. O primeiro é mais adequado para áreas que exigem um revestimento antiderrapante, como áreas externas ou rampas. O polido difere por sua textura superficial, totalmente brilhante.
Porcelanato polidoÉ a versão mais famosa e difundida do porcelanato. Possui um brilho único, superior ao das pedras naturais, que se conserva por anos, sem manutenção. Na Brasil 153 Pisos você encontra disponível em diversos tamanhos e modelos. Porcelanato rústicoÉ a grande sensação dos mercados norte-americanos e europeus e também no Brasil nos últimos anos. É anti-derrapante a seco e a úmido, ideal para áreas externas e decks de piscinas.

Para cotar o produto você pode informar: Linha, Série e Formato ou conferir pessoalmente em nossa loja alguns modelos expostos.
Prazo de entrega: imediato ou conforme disponibilidade do produto na fábrica.
Garantias extras: direto da fábrica, mesmo lote, mesma bitola, mesma tonalidade.
Área de atendimento: Curitiba, Região Metropolitana, todo interior do Paraná e divisa com o Estado de São Paulo.
APLICAÇÃO DE PORCELLANATO
O porcelanato possui uma absorção de água próxima de zero, e requer a utilização de uma argamassa com maior aderência. O rejuntamento deve ser aplicado somente 48 horas após o assentamento das peças e com um produto específico às suas características, como argamassa colante aditivada com polímeros, mantendo estreitas as juntas de dilatação, com o mínimo de 2mm para áreas internas e 5mm para áreas externas, principalmente em fachadas.

domingo, 2 de maio de 2010

Conforto Térmico nas Edificações

1. INTRODUÇÃO

Ao longo do desenvolvimento da história humana, está registrada a busca da proteção em relação às adversidades climáticas e, numa época mais recente, de condições de bem-estar e conforto físico satisfatórias. O clima é, portanto, um importante definidor do projeto e da construção da sua habitação.

2. A URBANIZAÇÃO, O MEIO AMBIENTE E O CONFORTOTÉRMICO

No atual estágio da modernidade, a sociedade se expressa espacialmente de forma cada vez mais urbana, cosmopolita. Submetida ao domínio global do capitalismo avançado, a nova relação tempo-espacial se deve às mudanças nas formas de trabalho, devido à alta tecnologia. A necessidade de anular as distâncias e a conseqüente evolução nas comunicações e no transporte, resulta na dispersão da população nas áreas metropolitanas.

Entre os mais evidentes e graves impactos socioambientais produzidos pela urbanização devido à sua intensa transformação do meio natural, encontram-se a contaminação e a formação de um clima urbano específico e, como conseqüência, a perda da qualidade de vida dos habitantes da cidade.

O clima urbano é produzido pela ação do homem sobre a natureza e se relaciona à produção de condições diferenciadas de conforto / desconforto térmico, à poluição do ar, às chuvas intensas, às inundações e aos desmoronamentos das vertentes dos morros – eventos de grande custo social (LOMBARDO, 1985).

Condições climáticas urbanas inadequadas significam perda da qualidade de vida para uma parte da população, enquanto para outra, conduzem ao aporte de energia para o condicionamento térmico das edificações. Em conseqüência, aumentam as construções de usinas hidrelétricas, termoelétricas ou atômicas, de grande impacto sobre o meio ambiente (LAMBERTS et al., 1997).

Assim, os processos de urbanização atuais e a configuração das cidades refletem o desenvolvimento de relações complexas e de resultados negativos para o convívio humano / social na cidade, o que ocorre e também pode ser percebido de forma distinta conforme a sua condição social, principalmente onde as diferenças sociais mais se acentuam: nos "países de desenvolvimento complexo".

O Brasil, incluído nesta condição de desenvolvimento, apresenta uma dinâmica de urbanização que resulta na segregação social e espacial e na exclusão de grande parte de sua população (SANTOS, 1994). Atualmente, mais de 80% da população brasileira habitam em áreas urbanas (IBGE, 2006) que, em sua maioria, cresceram desordenadamente. Do alto índice brasileiro de urbanização decorrem problemas de difícil administração e correção sem que sejam destinados recursos para investimentos essenciais.

Além de uma maior vulnerabilidade da população mais desfavorecida ao desconforto térmico, essa parcela da sociedade geralmente é induzida a se estabelecer nos espaços mais degradados da cidade, onde é possível que as condições climáticas específicas agravem ainda mais os baixos índices de qualidade de vida.

A importância do conforto térmico relaciona-se não só à sensação de conforto das pessoas, como também ao seu desempenho no trabalho e à sua saúde. Os limites da sobrevivência, dependendo do tempo de exposição das pessoas às condições termo-ambientais, definem uma faixa bastante larga de temperatura. Já os limites da saúde são bem mais estreitos, sendo os de conforto ainda mais.

A condição de conforto é obtida mediante o efeito conjugado e simultâneo de um complexo conjunto de fatores objetivos, como os elementos do clima (temperatura do ar, umidade relativa, movimento do ar e radiação) e a vestimenta, e outros de caráter subjetivo como aclimatação, forma e volume do corpo, cor, metabolismo etc. O efeito conjugado destes parâmetros, quando produz sensações térmicas agradáveis, é denominado zona de conforto e seu estudo é de suma importância para o condicionamento térmico natural das edificações ou Arquitetura Bioclimática (RORIZ, 1987).

Embora o organismo tenha seu funcionamento regulado pela adaptação às condições climáticas como uma resposta fisiológica, há que se ressaltar, ainda, entre os fatores de caráter subjetivo, aqueles de origem cultural formados pela tradição e pela experiência vivida, dos quais depende a satisfação com o ambiente térmico e que conduzem a comportamentos defensivos a condições térmicas desfavoráveis.

A adaptação dos povos ao meio natural tornou-se o fator determinante das formas de se construir, tornando o ambiente construído – as edificações e seu conjunto, a cidade – o meio favorável para o desenvolvimento do homem. Desta forma, as expressões construtivas de forte caráter regional são as que possuem estreita relação com o seu entorno (OLGYAY, 1963).

Mas, nos últimos séculos, de modo cada vez mais intenso, a comunicação entre as sociedades, o desenvolvimento tecnológico e as descobertas de novos materiais têm contribuído para que o ato de construir se distancie dessa adaptação natural.

O Clima Urbano "resulta das modificações radicais que os processos de urbanização produzem na natureza da superfície e nas propriedades atmosféricas de dado local" (OKE, 1978). Desta forma, por meio da emissão de poluentes, atividades industriais, desflorestamento e outras atividades antropogênicas, o processo de urbanização provoca alterações na atmosfera urbana, gerando "ilhas de calor" e "ilhas de frescor", conforme a configuração da dinâmica do uso do espaço e resultando na diferenciação dos microclimas urbanos.

Os microclimas, freqüentemente, deixam de ser considerados no planejamento das cidades, tampouco tem sido dada a devida importância às

condições climáticas urbanas resultantes da interação da natureza e da sociedade (morfologia do relevo, massas de vegetação, estrutura urbana e circulação de ar, entre outras). O conhecimento das condições climáticas em localidades diferenciadas na cidade pode contribuir para a melhoria das condições de conforto humano dentro e fora das edificações, bem como para o uso racional da energia e, portanto, colaborar com o desenvolvimento humano duradouro.

Alguns trabalhos sobre a climatologia urbana têm sido realizados em várias cidades do Brasil, em condições climáticas diversas, entre os quais destacamos os de Danni (1987), Lombardo (1985), Mendonça (1995), Brandão (1996) e Assis (2000).

Respeitando os princípios do conforto ambiental, o planejamento e o

controle do uso e ocupação do solo podem beneficiar milhões de pessoas de todos os níveis sociais. Uma configuração de cidade ambientalmente adequada deve minimizar os impactos do crescimento urbano sobre a natureza, reduzir a poluição do solo, da água e do ar decorrentes das atividades humanas, melhorar as condições de insolação e ventilação dos ambientes, buscar uma boa distribuição e índices adequados de áreas permeáveis e de áreas vegetadas, e ampliar o uso racional dos recursos naturais na construção. Deve, enfim, promover a preservação da qualidade do meio ambiente urbano e da qualidade de vida dos seus habitantes.

3. CONDICIONAMENTO NATURAL DAS EDIFICAÇÕES

3.1. RADIAÇÃO SOLAR

A radiação solar é fonte de calor e de luz. Portanto, é necessário contemplar de forma conjunta os fenômenos térmicos e visuais de uma edificação (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997; ALMODÓVAR, 2004; MASCARELLO, 2005). A radiação solar é um dos fatores que mais influencia o ganho térmico nas edificações e é função da intensidade da radiação solar incidente e das características térmicas dos materiais da edificação (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997; FROTA e SCHIFFER, 1999).

No verão, a insolação é uma importante causa de desconforto térmico nas edificações. A proteção das paredes, onde o efeito da insolação usualmente é menor, pode ser feita: com pintura de cores claras; sombreamento por meio de vegetação ou dispositivos de proteção solar; com isolamento utilizando-se materiais isolantes pelo lado de fora; com a adoção de paredes de grande capacidade calorífica para amortecer as variações de temperatura exterior e com ventilação para eliminação do calor interno. As coberturas podem ser protegidas com a utilização de forro, telhas claras, isolantes térmicos e de materiais de grande inércia térmica (COSTA, 1982).

Para a situação de inverno, pode-se buscar o aproveitamento máximo da insolação também com o uso de materiais de grande capacidade calorífica para amortecer as variações de temperatura exterior e materiais isolantes térmicos para proteção do exterior, visando manter o calor interno e reduzir a condensação na face interna das paredes externas da edificação (COSTA, 1982).

Segundo Olgyay (1998), a localização da proteção solar em relação à

superfície envidraçada, para o lado interno ou externo, influenciam o seu

desempenho. De acordo com o autor, em geral a proteção solar localizada no exterior da edificação apresenta uma efetividade cerca de 35% maior. Para outros elementos como cortinas e persianas, a cor e o material são fatores relevantes na eficácia do sombreamento.

3.2. VENTILAÇÃO NATURAL

A ventilação dos locais habitados é necessária para a manutenção das

condições de higiene, para proporcionar conforto térmico nos meses de verão e para resfriar os espaços internos do edifício, por meio das trocas térmicas entre o ar e as paredes (IZARD e GUYOT, 1983).

Com a ventilação, também, é propiciada a renovação do ar dos ambientes, provocando a dissipação de calor e a desconcentração de vapores, fumaças e poluentes (FROTA e SCHIFFER, 1999). Dessa forma, as condições de ventilação do ambiente interno têm influência direta na saúde, conforto e bem-estar do ocupantes (YEANG, 1996).

No caso da habitação, as exigências relativas à ventilação para higiene dos usuários se referem à: quantidade de oxigênio necessária à reposição, limitação da taxa de gás carbônico, eliminação dos odores desagradáveis, eliminação dos riscos de contaminação por gases tóxicos - como o monóxido de carbono - e à quantidade de oxigênio necessária para o corpo humano realizar o metabolismo (IPT, 1988).

Segundo Frota e Schiffer (1999, p.124), "A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas, umas funcionando como entrada e outras, como saída". Ou seja, é necessário que a dimensão e posição das aberturas sejam definidas de modo a proporcionar um fluxo de ar adequado ao ambiente em questão.

Por sua vez, o fluxo de ar que entra ou sai da edificação depende de alguns fatores: da diferença de pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas e pelas obstruções internas, além de implicações relacionadas à incidência do vento e forma da edificação (FROTA e SCHIFFER,1999).

A ventilação natural pode ser feita por meio da ação dos ventos ou do chamado efeito chaminé. A ventilação por ação dos ventos promove a movimentação do ar através do ambiente. Já por efeito chaminé ocorre pelo efeito da diferença de densidade.

3.3. USO DE VEGETAÇÃO

A vegetação contribui para a melhora do ambiente físico. As árvores, por exemplo, podem reduzir os ruídos, atuar como um filtro de ar captando a poeira, atuar como elementos de proteção solar e ainda como elementos de proteção visual (OLGYAY, 1998). Na escolha das espécies é necessário considerar a forma e as suas características durante o ano, tanto no período de verão quanto de inverno.

A vegetação pode ser usada para complementar o sombreamento de uma abertura, quando o uso de proteção solar não for suficiente. Há casos em que a incidência de sol se dá quase perpendicularmente à fachada. Para a proteção solar de aberturas nestas condições, possivelmente seria necessário obstruí-las, bloqueando também a luz natural. Uma solução poderia ser o uso de árvores com folhas caducas que, além de sombrear a abertura sem bloquear a luz natural, possibilitaria a incidência solar no período de inverno com a queda das folhas (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A perspectiva de um planeta urbano no século XXI se confirma cada vez mais. Aglomerações urbanas gigantescas, interconectadas, cobrem a superfície da Terra, multiplicando os efeitos das interações entre a sociedade e a natureza.

Há uma relação entre a estratificação social do espaço urbano e as condições de conforto térmico dos habitantes. Em relação ao clima urbano, as classes menos favorecidas habitam lugares de maior rigor climático. Como fator agravante, também são estas pessoas que dispõem de menos meios de se proteger do clima, tanto em relação ao acesso à saúde, à alimentação, à energia e a equipamentos condicionadores de água e ar, como as vestimentas adequadas e ao ambiente edificado.

Os problemas relacionados ao conforto térmico, ao desempenho e à saúde das pessoas, ao consumo, à produção e à distribuição de energia para climatização, ao uso do espaço externo pela população, entre outros, podem ser conduzidos à sua solução por meio de estudos e propostas de planejadores e gestores urbanos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMODÓVAR, José Manuel Melendo. Da janela horizontal ao brise-soleil de Le Corbusier: análise ambiental da solução proposta para o Ministério da Educação de Rio de Janeiro. Arquitextos. São Paulo, Portal Vitruvius, ago 2004. Disponível em: Acesso em: 05 mar. 2007.

ASSIS, Eleonora Sad. Impactos da forma urbana na mudança climática: Método para a

previsão do comportamento térmico e melhoria de desempenho do ambiente urbano. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.

BRANDÃO, Ana Maria P. M. O clima urbano da cidade do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 1996. 362f.

COSTA, Ênio Cruz da. Arquitetura ecológica: condicionamento térmico natural. São Paulo: Edgard Blücher, 1982.

DANNI, Ines Moresco. Aspectos temporo-espaciais da temperatura e umidade relativa em

Porto-Alegre em janeiro de 1982: contribuição ao estudo do clima urbano. Dissertação

(Mestrado). Universidade de São Paulo. São Paulo, 1987.

DUMKE, Eliane Müller Seraphim. Clima urbano/conforto térmico e condições de vida na cidade – uma perspectiva a partir do aglomerado urbano da região metropolitana de Curitiba (au-rmc). Tese (Doutorado). Universidade Federal do Paraná. Paraná, 2007.

FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de conforto térmico. São Paulo: Studio Nobel, 1999. 3ed.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas do Censo Demográfico 2000

Disponível em: . Acesso em 28 nov. 2006.

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Tecnologia das Edificações: Projeto de Divulgação Tecnológica Lix da Cunha. São Paulo: IPT, 1988.

IZARD, Jean-Louis; GUYOT, Alain. Arquitectura bioclimática. México, D.F.: Ediciones G. Gili, S.A., 1983.

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fernando O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW, 1997.

LOMBARDO, Magda A. Ilha de Calor nas Metrópoles – o exemplo de São Paulo. São Paulo: HUCITEC, 1985. 244p.

MACHADO, Caroline Barp Zanchet. O tratamento de aspectos de conforto térmico em residências do período modernista em Curitiba. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná, Paraná. 2008.

MASCARELLO, Vera Lúcia Dutra. Princípios bioclimáticos e princípios de arquitetura moderna – evidências no edifício hospitalar. Porto Alegre, 2005. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

MENDONÇA, Francisco. O Clima e o Planejamento Urbano de cidades de porte médio e pequeno-proposição metodológica para estudo e sua aplicação à cidade de Londrina-PR. Tese (Doutorado em Geografia) Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.

OKE, Tim R. Boundary layer climates. London: Methuen, 1978. 372 p.

OLGYAY, V. OLGYAY, A. Design with climate: bioclimatic approach to architectural regionalism. New Jersey: Princeton University Press, 1963. 190p.

OLGYAY, V. Arquitectura y Clima: Manual de Diseño bioclimático para arquitectos y urbanistas. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1998. Edição em espanhol.

RORIZ, Maurício. Zona de conforto térmico: um estudo comparativo de diferentes

abordagens. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). Departamento de Arquitetura e

Planejamento, Universidade de São Paulo. São Carlos, 1987.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1994.

YEANG, Ken. The skyscraper bioclimatically considered: a design primer. Academy Editions, Londres, 1996.