domingo, 13 de junho de 2010

McDonald’s mudando o interior de suas lojas

O escritório inglês Space Harris Hogan projetou recentemente novos interiores de diversas lojas do McDonald’s na Inglaterra. No começo do ano escrevi aqui no blog sobre uma loja específica da rede em Londres que ganhou um desing totalmente inovador para a linha do McDonald’s. Aparentemente o teste deve ter dado certo e estão expandindo a idéia para o restante das lojas…

Pelas fotos acima podemos perceber que até mesmo as fachadas das lojas de rua e dos quiosques de shopping estão passando por uma transformação, ganhando um fundo amarelo com escritas em branco. Entre as novidades no interior podemos destacar o uso de bancadas que remetem às antigas lanchonetes, o uso de tons neutros em contraste com cores quentes e a iluminação mais cênica.









Expo 2010 shanghai

A cada cinco anos, países e organizações internacionais submetem-se a participar da maior feira das nações periódica que se tem notícia. A Expo é um evento de caráter cultural e popular, que pauta discussões de interesse mundial. Busca e apresenta propostas de desenvolvimento e, é claro, intercâmbio cultural. É o terceiro maior evento internacional do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo.

A primeira exposição mundial do gênero aconteceu em Londres no século XIX, mais especificamente em 1851, e visou apresentar ao público as últimas conquistas tecnológicas das nações. Desde sua gênese, já apresentava grande influência arquitetônica e o Palácio de Cristal londrino foi seu primeiro legado. A Torre Eiffel veio 38 anos depois, também fruto do evento.

O ano de 2010 é o primeiro em que um país em desenvolvimento se comprometeu a sediar o evento. Através de canais diplomáticos, conseguiu com que 191 países e 50 organismos internacionais, incluindo ONGs, participassem. Não será apenas um recorde de participantes, mas também de visitantes: estimam-se entre 70 e 100 milhões.

A Expo Xangai é a primeira a focar nas questões urbanas, pretendendo chamar a atenção global para o melhoramento da qualidade de vida nas cidades, além de promover as maneiras com que os países têm lidado com o desenvolvimento urbano e sua relação com a sustentabilidade. O tema deste ano é “Cidade melhor, vida melhor” e seus subtemas são: Diversidade Cultural, Prosperidade Econômica, Inovação Científica e Tecnológica, Reforma das Comunidades e Interação Urbano-rural.

A China é considerada a maior economia em potencial da atualidade, além de um gigantesco mercado consumidor. O interesse global na Expo do país foi retribuído, visto que cedeu uma área de quase 6km² com uma infra-estrutura que conta com centro de convenções (o Expo Axis), praças, jardins, lojas, arenas esportivas, esculturas, cinco pavilhões centrais (o Urban Footprints, Urban Planet, Urban Dewellers, Urban Beings e Urban Dreams) e pavilhões corporativos, além de incentivo às nações para a construção dos seus próprios estandes.

Cada país, ou grupo de países, é responsável pela edificação de uma grande estrutura para abrigar o conteúdo a ser oferecido aos visitantes. Os chamados “pavilhões nacionais” são localizados na área central da feira e, neste ano, devem explorar diferentes aspectos do desenvolvimento urbano e suas características ligadas a cada nação.

Reino Unido: é composto de 60 mil tubos de acrílico translúcido que carregam sementes em suas extremidades e produzem efeitos quando o vento sopra. É chamado “Seed Cathedral” ou “Catedral de Sementes”, mas ficou popular pelo apelido de “Dente-de-Leão” devido à forma semelhante à da flor.

Israel: basicamente, é uma forma arredondada que nos lembra duas conchas. Um dos lados é feito de pedra e o outro de vidro, simbolizando o diálogo entre a humanidade e a natureza.

México: três grandes níveis mostram a evolução das suas cidades e as extensas áreas de grama natural incentivam o reflorestamento. A principal atração do pavilhão é a chamada “Floresta de Pipas” que convida o visitante a diversas atividades, como ler um livro, fazer um piquenique ou simplesmente descansar.

Portugal: revestido de material reciclável e cortiça, o pavilhão reflete o conceito de sustentabilidade dos edifícios de suas cidades contemporâneas.
China: o mais caro dos pavilhões, o “The Crown of the East” ou “A Coroa do Leste” lembra coroas utilizadas por líderes chineses antigos. Todas as províncias do país estão representadas em seu interior.

Polônia: seu pavilhão foi inspirado na arte folclórica de dobraduras e cortes de papel, conhecido como wycinanki. Pretende representar a interação da cultura do país e suas manifestações populares com as inovações tecnológicas.

Coreia do Sul: toda a estrutura, de arquitetura arrojada, é revestida com os 20 principais caracteres do alfabeto coreano
Espanha: todo o seu exterior é feito de vime, um material biodegradável.

Islândia: o cubo é revestido de azul, em alusão às geleiras do país e nas quatro paredes e no chão acontecem, simultaneamente, projeções audioviduais que divulgam suas atrações naturais.
Austrália: a fachada do pavilhão é revestida de aço oxidado intencionalmente, para que o vermelho represente as regiões desérticas no centro país.

Dinamarca: a Expo Xangai marca a primeira vez que estátua “The Little Mermaid”, um ícone dinamarquês, deixa Copenhague. Sua arquitetura mostra sustentabilidade e soluções climáticas através do design.

Para cada um, foram gastos, em média, quatro anos entre seleção de projetos e construção, que deslumbram não só pela ousada e arrebatadora arquitetura, mas também pelo conteúdo interior. Pretendem (e conseguem) ser uma inspiração para o desenvolvimento urbano no futuro.