quinta-feira, 15 de abril de 2010

Telhado verde




Nos últimos anos, o acúmulo desenfreado da população em volta das grandes cidades, acarretou a diminuição drástica das áreas permeáveis dos grandes centros urbanos.


Essa impermeabilização descontrolada agrava problemas como a ocorrência de enchentes, aumentos de temperatura, ilhas de calor urbano, efeito estufa e falta de água nas grandes cidades.
O aumento na frequência com que esses problemas vêm ocorrendo, juntamente à crescente preocupação com os aspectos ambientais e sustentáveis, têm levado ao desenvolvimento e resgate de tecnologias construtivas de menor impacto ambiental.

Um exemplo deste tipo de solução, são as Coberturas Verdes Leves (CVL), executadas com o geocomposto drenante MacDrain® ,que vem sendo estudadas pelo Professor Dr. Eduardo Mario Mendiondo, com o projeto:“Experimento hidrológico para aproveitamento de águas de chuva usando coberturas verdes leves”. E pelo Professor Dr.Francisco Arthur Silva Vecchia, com o projeto: “Avaliação do comportamento térmico de coberturas verdes leves aplicadas aos climas tropicais” na Escola de Engenharia de São Carlos - USP.

Ambos vêm apresentando resultados interessantes nos aspectos referentes ao comportamento térmico, diminuição do escoamento de águas de chuva, reaproveitamento dessas águas e sistemas construtivos de menor peso específico.

No que se refere ao comportamento térmico, com a utilização das CVL, o processo de trocas térmicas entre o interior e o exterior da construção revestida com este material é retardado pela ação isolante da cobertura, mais do que com outros materiais comumente utilizados, como as telhas cerâmicas ou metálicas. Por esta razão, as temperaturas dentro da edificação sofrem uma menor variação entre seus valores máximos e mínimos.

Já com relação aos aspectos hidrológicos, o modelo ensaiado em São Carlos apresentou uma capacidade de retenção de águas pluviais de aproximadamente 14mm de lamina d’água.

A chuva preenche os vazios da camada de solo, posteriormente uma grande parte dessa água evapora, e uma pequena parcela percola até o geocomposto drenante MacDrain®, e pode ser direcionada para um sistema de reutilização. Já nas coberturas convencionais, uma porcentagem esmagadora dessa água escoa diretamente para a rede pública.

Exemplificando: para uma cobertura verde leve de 100m2, com as mesmas características da ensaiada na USP, cerca de 1400 litros de água por chuva deixariam de ser enviados para a rede pública de drenagem urbana, agora multiplicando este valor pela soma de todas as coberturas de uma cidade como São Paulo por exemplo, tem-se uma contribuição considerável para a redução do problema das enchentes.


Somando estes dois aspectos positivos, a custos muitas vezes menores que dos sistemas convencionais, as coberturas verdes leves apresentam-se como uma solução totalmente enquadrada nos princípios do desenvolvimento sustentável e da preservação ambiental, e ainda proporcionam um maior conforto térmico para as construções, acarretando em menores gastos com condicionadores de ar e ventiladores, ou seja, economia também na conta de energia elétrica.



Um comentário:

  1. Um copo de água de “Coco Verde” de 250 ml gera mais de “1 Kg de lixo”.

    Telhado Verde
    www.cocoverderj.com.br/coberturaverde.htm

    Painéis Verticais
    www.cocoverderj.com.br/jardimvertical.htm

    Recuperação de Áreas Degradadas
    www.cocoverderj.com.br/concha.htm

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